FARÓIS DE PORTUGAL

 

«Farol estrutura elevada bem visível no topo da qual se coloca uma luz que serve de ajuda à navegação. Um farol consta essencialmente do edifício, da origem luminosa e do aparelho óptico. É colocado nas costas, ilhas, baixios, etc., e, algumas vezes, montados em barcos especiais surtos, de modo a constituírem uma marca bem visível no mar. Caracterizam um farol a cor, carácter, o período e fases, intensidade luminosa e o seu alcance. De dia, a forma e cor do edifício do farol servem de reconhecimento, e de noite, as características da luz. Serve de orientação aos navegantes, de noite pela luz, e de dia, pelo corpo do edifício.»
Diário Ilustrado da Marinha, do comandante António Marques Esparteiro, em "Faróis de Portugal" de João Francisco Vilhena e Maria Regina Louro, 1995.

Os faróis, essas “luzes seguras” para a navegação, são marcos de referência ao longo da costa portuguesa.

As primeiras referências ao uso de fogueiras mantidas em pontos conspícuos ou em torres pelas comunidades piscatórias para referência dos navegantes e, mais tarde, pelas irmandades religiosas, remontam ao início do século XVI. Em Portugal, a primeira estrutura classificável como farol, terá sido mandado erigir em 1528 na foz do Rio Douro pelo Bispo D. Miguel da Silva, em S. Miguel o Anjo, junto ao local onde, até ao ano de 2008, se encontrou em funcionamento o farolim da Cantareira. Existem também referências a um farol mandado erguer pelo Bispo do Algarve, D. Fernando Coutinho, no convento de S. Vicente, entre 1515 e 1520, e que em 1537, os frades da Irmandade de Nossa Senhora da Guia de Cascais terão construído uma torre para servir de farol. Contudo, só em 1 de Fevereiro de 1758 por alvará do Marquês de Pombal, o serviço de farolagem passou a ser uma organização oficial, cometida à Junta do Comércio, na sequência do qual foi ordenada a construção de faróis, dos quais o primeiro foi o de Nossa Senhora da Luz em 1761. Desde essa data que a responsabilidade pelo funcionamento e manutenção das estruturas passou por diversas entidades, até que em 1892 foi finalmente atribuído ao Ministério da Marinha e Ultramar.

Com o Projecto Faróis de Portugal pretendemos identificar a história dos faróis portugueses, a sua “linguagem” e instrumentos, histórias de naufrágios na costa portuguesa, lendas à volta dos locais dos faróis e claro, identificar as caches que “prestam homenagem” a estas tão importantes estruturas.


Fonte: Direcção de Farois (Marinha Portuguesa)

LISTA DE FARÓIS E RESPECTIVAS CACHES EM PORTUGAL